Hoje, 17 de setembro, comemoramos o Dia Mundial de Segurança do Paciente, com alusão à campanha #SetembroLaranja, para promover discussões necessárias a respeito desse tema, que é fundamental para a Enfermagem. A data foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019 e, neste ano, apresenta como mote a “Segurança do trabalhador da saúde: uma prioridade para a segurança do paciente”.
Segundo a Câmara Técnica de Segurança do Paciente do Coren-DF, os profissionais da Enfermagem devem ser especialmente lembrados nesta data, pois são enfermeiras, enfermeiros, técnicas, técnicos e auxiliares, que se dedicam para garantir a assistência à saúde e à integridade física dos pacientes. Verdadeiramente, a ciência do cuidado é também a ciência da solidariedade, do companheirismo, da proteção e da segurança.
A maioria dos incidentes que levam pacientes à morte pode ser evitada, se houver o correto dimensionamento da equipe de Enfermagem, o fornecimento de EPIs adequados para os profissionais, a oferta de treinamentos de qualidade para todos, o aperfeiçoamento constante dos processos de trabalho e a integração entre as pessoas que fazem o serviço funcionar. Lamentavelmente, nas situações em que há sobrecarga de trabalho, falta de reconhecimento aos trabalhadores, escassez de insumos e ambiente altamente estressante, por mais que os profissionais se esforcem, a assistência de Enfermagem e a segurança do paciente ficam prejudicadas.
Segundo a Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e da Segurança do Paciente (Sobrasp), outro fator determinante para o aumento de mortes entre profissionais e pacientes é a INFODEMIA: a imensa e incontrolável propagação de informações falsas, sem embasamento científico, que, além de apresentarem risco à saúde, são fontes de conflito entre trabalhadores e familiares. As campanhas de vacinação, por exemplo, são muito afetadas hoje em dia pela propagação de notícias falsas e doenças que haviam sido eliminadas estão ressurgindo no país.
Diante dessa situação, para melhorar os índices sociais, A Sobrasp recomenda conciliar programas de segurança do trabalhador da saúde com os de segurança do paciente, implementar o Programa Nacional de Saúde Ocupacional, proteger os trabalhadores da saúde da violência e da discriminação, melhorar o bem-estar mental e a segurança psicológica e proteger os profissionais de riscos físicos e biológicos iminentes.
Somente com mudanças de comportamento e com a adoção de conjunto de ações estratégicas permanentes podemos melhorar a sensação de segurança nas instituições de saúde, para reduzir mortes entre profissionais e pacientes que podem ser evitadas. Juntos, podemos viver e trabalhar melhor.