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Nota de repúdio

Os conselheiros do Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) reafirmam as críticas ao amadorismo e à irresponsabilidade do site Metrópoles ao divulgar uma informação sem ter praticado um preceito básico do jornalismo: a checagem da informação. O veículo acusa o conselho de ter “atitude virulenta, corporativista e míope”.

Quem está mesmo míope quando publica uma informação errada? No dia seguinte ao ocorrido com a técnica de laboratório (que não integra a equipe de enfermagem), uma médica pediatra colheu sangue no braço esquerdo do menino e, mesmo tendo executado a punção com destreza, houve extravasamento e apareceram grandes hematomas no membro do bebê. Essa profissional também “estourou” a veia da criança?

Quem está mesmo míope quando apenas repete “a Secretaria de Saúde disse”, “a Secretaria de Saúde informou”, mas até agora não gastou a sola do sapato até o hospital e viu o bebê com seus próprios olhos, conversou diretamente com a equipe de assistência? A secretaria também diz que não falta remédio, nem material, mas as prateleiras estão vazias. Vale sempre o que a SES declara?

Quem é mesmo virulento quando um veículo esconde seus erros e escreve um editorial pseudopreocupado, expondo o estado de saúde de um bebê internado? A criança continua hospitalizada porque suas condições clínicas são frágeis, e até uma simples gripe pode agravar seu estado de saúde. Ela não está internada para tratar de hematomas no braço. Se não cabe ao Metrópoles apurar o que houve no procedimento de punção, com certeza não cabe a esse site analisar o prontuário do paciente.

Por fim, quem é mesmo corporativista quando tenta afagar a enfermagem dizendo que “tem um enorme respeito por todos os profissionais de saúde” e comete a clássica gafe de generalizar a enfermagem como enfermeiro? Conforme o editorial: “o conselho que representa os enfermeiros divulgou uma matéria em seu site afirmando que o Metrópoles publicou uma ‘informação falsa que revolta enfermeiros’”.

O Coren-DF representa enfermeiros. E técnicos de enfermagem. E auxiliares de enfermagem. Mas nenhum dos jornalistas deve saber a diferença dessas profissões; aliás, assim como tantos outros veículos, devem achar que são sinônimos. O conselho fiscaliza esses profissionais, investiga e pune as infrações éticas da enfermagem. Como ser corporativista tendo esse papel?

Antes de sermos conselheiros do Coren-DF, somos enfermeiros e técnicos de enfermagem. Fomos eleitos para o cargo por enfermeiros e técnicos de enfermagem. Nós defenderemos nossas profissões da exposição irresponsável, das acusações levianas e infundadas. Também puniremos nossos pares quando houver falhas.

Lamentavelmente, nenhuma reação de conselho ou de sindicato vai ser capaz de limpar a imagem da nossa categoria, de apagar comentários repugnantes que nos acusam de “açougueiros” e “monstros”. Não haverá remissão para a atitude hedionda de incriminar uma categoria. Trocar “enfermeira” por “técnica de laboratório” não repara o dano.

Se não houvesse a fiscalização do conselho e a conversa da mãe com as fiscais, que a esclareceram, certamente a matéria do Metrópoles continuaria estampando uma informação errada até agora. A enfermagem continuaria sendo execrada pela população devido à desinformação prestada pelo veículo.

Os conselheiros do Coren-DF repudiam a arrogância do Metrópoles em não se retratar com os profissionais de enfermagem do Distrito Federal, contribuindo com o impacto negativo e a culpabilização indevida de nossa categoria.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO DISTRITO FEDERAL

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