Em solenidade bastante prestigiada, foi aberto na noite de ontem (18) o I Seminário Nacional de História da Enfermagem , promovido pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), com o apoio do Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA), em parceria com a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn). O momento ocorreu no auditório do Fiesta Hotel, em Salvador (BA), como parte da programação que será marcada pelo lançamento da primeira revista científica do Cofen e pela inauguração do Museu Nacional de Enfermagem Anna Nery.
A evolução da enfermagem, a união das entidades representativas da área e a necessidade de se lutar por uma valorização ainda maior dos profissionais foram os principais pontos abordados nos discursos da noite.
Para dar as boas-vindas, a presidente do Coren-BA, Dra. Gícele Dórea, que agradeceu a presença de todos. “Sinto-me orgulhosa e extremamente feliz por estarmos nessa noite iniciando a solenidade de inauguração do Museu Nacional da Enfermagem, Museu Anna Nery, que homenageia a precursora da enfermagem no Brasil, a baiana Anna Nery, razão pela qual a sua criação aqui na Bahia”, declarou.
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Heloniza Costa, diretora da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ao falar sobre o importante papel do estado para a profissão, também destacou como um marco para a história a inauguração do Munean, marcada para o próximo dia 20 de maio. “Espero que possamos continuar escrevendo essa história que veremos registrada no Museu, com ética e dignidade”.
Telma Dantas, na oportunidade representando o secretário de Saúde da Bahia, Dr. Jorge Sola, ressaltou o crescimento da enfermagem, cujo avanço se dá não apenas na quantidade crescente de profissionais, mas também na qualificação voltada para o exercício da profissão e para a produção científica. “Estamos vivendo um momento ímpar. Que este seja um grande passo para crescermos na produção científica e para celebrarmos a conquista de ter um museu de enfermagem”, comemorou a enfermeira.
A primeira enfermeira eleita como vereadora na Câmara de Salvador também prestigiou a solenidade e pontuou sobre a necessidade de inserção da enfermagem na política, como forma de fortalecer os profissionais e lutar pelos seus interesses. Segundo ela, 2010, considerado o Ano Internacional da Enfermagem pela ONU – em decorrência do centenário de Florence Nightingale -, deve ser utilizado para debater as questões da categoria e ampliar o debate ético-político da profissão. “Precisamos transformar essa força numérica em poder para a enfermagem”, ressaltou a parlamentar, ao mencionar o crescimento no número de profissionais nos últimos anos para cerca de 1,5 milhões. “No entanto, na política, estamos aquém da nossa capacidade e das nossas necessidades”, enfatizou.
Presidente da Associação Brasileira da Enfermagem, Maria Goreti Davi Lopes reafirmou o entendimento entre as organizações Cofen e ABEn como um dos maiores feitos que as lideranças da Enfermagem elegeram e articularam, na perspectiva de dias melhores para a profissão. “O esforço de moralização e democratização está sendo implementado de forma ampla e contínua, na atual conjuntura, sob a liderança do colega Manoel Carlos Néri da Silva e toda sua diretoria. Assim, a ABEn e o Cofen resgatam, para o bem da Enfermagem Brasileira, o diálogo, viabilizando a construção e implementação da Agenda Política de Entendimentos, com base em princípios éticos, que busca reatar a parceria e promover o resgate da credibilidade e da competência da autarquia”, reconheceu a presidente.
O presidente do Cofen, Dr. Manoel Carlos, por sua vez, finalizou a solenidade com discurso focado nos avanços conquistados pela enfermagem nos últimos anos. Para ele, tais avanços são fatos dignos de nota na história da profissão, a exemplo do Munean, que, até a sua finalização, passou por alguns entraves. Além de resgatar o histórico de tal projeto, o presidente falou ainda da importância da primeira revista científica do Cofen (Enfermagem Em Foco), que, de acordo com suas palavras, “veio para ficar, vai se consolidar e não vai concorrer com outro periódico da enfermagem brasileira”, uma vez que seu objetivo é somar à categoria. “Oferecemos, então, esses três eventos – o Seminário de História da Enfermagem, o lançamento da revista Enfermagem Em Foco e a inauguração do Museu Anna Nery – a todos aqueles profissionais anônimos que construíram e que constroem, no cotidiano, a história da enfermagem brasileira”, concluiu.
