O Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) recebeu nesta semana a enfermeira Mariluce Ribeiro, idealizadora do projeto “Hora do Colinho”. Por meio da Comissão de Saúde da Mulher, a iniciativa foi apresentada na UTI Neonatal do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), com o objetivo de que o projeto comece a ser implantado no DF.
“A Hora do Colinho é um projeto transformador, que orgulha a Enfermagem. Surgiu no contexto da pandemia, com o objetivo de oferecer afeto e cuidado para os bebês que perdiam as mães para a covid-19. Agora, está crescendo e queremos trazer para Brasília. Por meio dessa iniciativa, conseguimos amenizar o sofrimento dos nenéns que estão privados da presença da mãe e oferecer amor quando eles mais precisam”, afirma a conselheira Valda Fumeiro.
O projeto tem por objetivo oferecer um momento de relaxamento ao recém-nascido, diminuir a ausência familiar e o estresse, proporcionar cuidado humanizado e condições que favoreçam uma melhor recuperação, com acolhimento e afeto oferecido pelo colo do profissional. A Hora do Colinho recebeu parecer técnico favorável do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), reconhecendo a legalidade e adequação do Protocolo Operacional Padrão (POP), com potencial de replicação.
A Hora do Colinho foi criado na maternidade estadual Frei Damião, em João Pessoa. Além da Paraíba, os estados do Acre e do Rio de Janeiro também já adotaram a iniciativa. A enfermeira Mariluce Ribeiro, idealizadora da Hora do Colinho, comemora a disseminação do projeto por todo o país. “Fico muito feliz em saber que este projeto que nasceu na pandemia está se espalhando pelo país. É muito difícil ressignificar uma perda materna, mas saber que podemos minimizar os danos causados por esta ausência é muito gratificante”, revela.
A terapia oferece uma série de benefícios para o bebê. “Os benefícios vão desde aumento do tempo de sono, a ganho de peso, melhor absorção da dieta e diminuição do choro. Além disso, a alta é mais rápida”, explica Marluce.