Em celebração ao Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado hoje (27/9), a campanha Setembro Verde alerta para a importância de conversar com familiares sobre o desejo de ser doador. Conforme a legislação vigente, apenas os familiares podem autorizar a doação de órgãos de uma pessoa falecida, tornando essencial que esse desejo seja comunicado claramente em vida.
Dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) mostram que o Brasil registrou um recorde de transplantes em 2023, com um aumento de 16% em relação ao ano anterior. De janeiro a junho, foram realizados mais de 4,3 mil transplantes, graças à autorização de 1,9 mil doadores efetivos. Apesar do crescimento, a lista de espera permanece longa: cerca de 66,2 mil pessoas aguardam um transplante no país, sendo 1.260 apenas no Distrito Federal.
A recusa familiar ainda é um dos principais entraves para o aumento dos números de doações. A Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) aponta que quase metade das famílias abordadas se recusa a doar os órgãos de seus entes, citando fatores como dúvidas sobre a morte encefálica e questões culturais ou religiosas.
O vice-presidente do Coren-DF, Alberto César Lopes, alerta sobre a importância do diálogo familiar: “A decisão de ser doador não deve ser deixada para o último momento. É essencial que todos os interessados em doar órgãos conversem com seus familiares e expressem claramente esse desejo. Somente assim poderemos aumentar as chances de salvar mais vidas.”
Fonte: Ascom/Coren-DF