A mensagem está dada: a Enfermagem do Distrito Federal não vai permitir que a agressão física e verbal sofrida pela enfermeira Ana Paula Dias Alves de Lima, no Hospital Regional do Gama (HRG), fique impune. Em protesto realizado nesta segunda-feira (20), representantes da categoria prestaram solidariedade à profissional e exigiram a apuração rigorosa do caso pelas autoridades competentes.
De acordo com a ocorrência policial, a profissional foi xingada, empurrada e levou um tapa de um médico na última quinta-feira (16), enquanto cuidava de mais de 30 pacientes. Várias testemunhas presenciaram o caso. Todo o material comprobatório está sendo estudado e serão adotadas medidas jurídicas, tanto em âmbito profissional como criminal. Por razões legais, o nome do médico não será divulgado neste momento.
“Nós somos mulheres e ninguém vai nos ferir. Mexeu com uma, mexeu com todas. Isso vai se transformar em luta. Ninguém vai nos abater”, discursou a diretora do Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF), Valda Fumeiro. “As profissionais de Enfermagem podem ter certeza que não estão sozinhas. Em caso de violência, elas podem nos acionar imediatamente, que vamos tomar providências. Não vamos admitir agressão à categoria em nenhuma hipótese”, reafirma o presidente do Coren-DF, Elissandro Noronha.
O protesto foi convocado pelo Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro) e, além do Coren-DF, também teve a participação da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn-DF), do Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem do Distrito Federal (Sindate), da Comissão de Saúde e da Mulher Advogada da OAB-DF, do Conselho de Saúde do Gama e de pacientes do hospital.
