Entre os dias 04 e 07 de agosto, Brasília recebeu a 16ª Conferência Nacional de Saúde. O tema dessa edição foi “Democracia e saúde” e teve como eixos centrais a saúde como direito, a consolidação dos princípios e financiamento do SUS. A conferência aconteceu no Pavilhão do Parque de Exposições do Parque da Cidade e teve como objetivo principal pensar e discutir políticas públicas que poderão ser implementadas para o Sistema único de Saúde (SUS).
As Conferências de Saúde acontecem de quatro em quatro anos e reúnem participantes de todos os estados brasileiros, e é o principal espaço de discussão e construção de políticas públicas relacionadas ao SUS. O evento reúne gestores, profissionais de saúde e usuários do SUS, para juntos traçarem ações a serem desenvolvidas pelo Ministério da Saúde e nos estados e municípios.
Para o diretor executivo do SindEnfermeiro, Márcio da Mara, a conferência nacional de saúde representa um espaço instituído pela constituição federal que garante a participação da sociedade nas decisões e diretrizes que serão implementadas. “Esse é um espaço onde se consolida a participação popular de todos que os segmentos envolvidos: usuários, trabalhadores e gestores. Todos estão reunidos para discutir os rumos da saúde no nosso país”.
O SindEnfermeiro participa na condição de representante do trabalhador e defende os interesses coletivos da classe trabalhadora encaminhando tudo o que foi definido na conferência distrital para que haja aceitação e convergência na Conferência Nacional de Saúde.
Ato Nacional Unificado: todos em defesa do SUS
Na segunda (05), os participantes da 16ª Conferência, entidades sindicais, entre elas o SindEnfermeiro, participaram do Ato Nacional Unificado em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). O evento aconteceu em frente ao Museu da República e contou com a presença dos diretores do SindEnfermeiro, de estudantes e parlamentares.
Para a presidente do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio, o ato unificado foi um momento muito importante dentro de uma conferência que tem participação tripartite – gestores, população e trabalhadores, onde o engajamento social foi muito maior. “Nunca houve um ato dentro de uma conferência. É extremamente necessária uma mobilização social, especialmente diante do cenário que o Brasil vem enfrentando, com sucessivos golpes ao financiamento do SUS, entre eles a Emenda Constitucional 95 – que congela recursos para educação e saúde –, PEC 108 de 2019, que acaba com os conselhos profissionais, além das Reformas Trabalhista e da Previdência.”, apontou.
Fonte: Sidenfermeiro