O que procura?

Encontre serviços e informações

Reunião com o Ministério da Saúde abre caminhos para ampliação da prescrição de enfermeiros no Programa Farmácia Popular

Uma reunião realizada no Ministério da Saúde pode resultar em uma mudança para os enfermeiros do Distrito Federal e de todo o Brasil. O encontro, que contou com a presença da equipe responsável pelo Programa Farmácia Popular, da Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias (ABRAFARMA), do Conselho Regional de Farmácias (CRF-DF), do conselheiro e deputado Jorge Vianna, além de Cleunice Godois, representando a Comissão de Atenção Primária do Coren-DF, abordou a aceitação de prescrições de medicamentos feitas por enfermeiros no âmbito do programa.

Atualmente, o Programa Farmácia Popular só aceita prescrições médicas, um cenário que tem gerado debates e críticas por parte de diversas categorias profissionais. “É uma questão de justiça e de reconhecimento da capacidade técnica dos enfermeiros e de outras profissões da saúde que também prescrevem medicamentos dentro de protocolos específicos”, destacou Jorge Vianna, conselheiro que esteve à frente da reunião.

O encontro resultou na solicitação de um parecer jurídico por parte do Ministério da Saúde, com o objetivo de analisar a possibilidade de inclusão de outras categorias, como os enfermeiros, na aceitação de prescrições dentro do Programa Farmácia Popular. Caso essa mudança seja aprovada, o impacto será nacional, beneficiando não só os enfermeiros do DF, mas também de todo o país.

“O avanço dessa pauta é um passo importante para garantir maior acesso à saúde para a população, além de valorizar o trabalho dos profissionais de Enfermagem. A inclusão dos enfermeiros no Programa Farmácia Popular será uma vitória para a categoria e para todos os cidadãos que poderão contar com mais opções de atendimento,” afirmou o presidente do Coren-DF Elissandro Noronha.

Jorge reforçou o otimismo quanto ao desfecho positivo da solicitação. “Estamos confiantes de que o parecer jurídico do Ministério da Saúde será favorável à inclusão das prescrições de Enfermagem no Programa Farmácia Popular. Isso representará um avanço para toda a sociedade, que ganhará mais acesso a medicamentos por meio das farmácias populares,” completou.

Uma outra reunião realizada pelas entidades juntamente com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia sido feita, resultando na orientação da Anvisa para aceitação das receitas, nas quais cada farmácia deverá fazer um inventário interno e retenção da receita nos casos de agentes antimicrobianos.

O parecer da consultoria jurídica do Ministério da Saúde deve ser emitido em breve, abrindo caminho para a inclusão de prescrições de enfermeiros e possivelmente de outras categorias no Programa Farmácia Popular.

Lei nº 7.530 – No dia 16 de julho de 2024, o Governo do Distrito Federal sancionou a Lei nº 7.530, que assegura aos enfermeiros a prerrogativa de prescrever medicamentos no âmbito de programas de saúde pública e rotinas aprovadas por instituições de saúde. O procedimento já é assegurada desde 1986, pela Lei do Exercício Profissional (7.498/86). Entretanto, a maioria das farmácias privadas ainda desconheciam essa prerrogativa e, na maioria dos casos, se recusava a fornecer medicamentos mediante a apresentação de receitas prescritas pela Enfermagem. O projeto tem autoria do conselheiro regional e deputado distrital Jorge Vianna (PSD-DF), que levou a pauta para a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), por meio da Câmara Técnica de Atenção Primária do Coren-DF.

A lei impõe penalidades para comerciantes e farmacêuticos que recusarem cumprir a prescrição de medicamentos feita por enfermeiros. As penalidades incluem multa de R$ 500,00, que pode ser duplicada em caso de reincidência e suspensão da licença de funcionamento do estabelecimento por até 60 dias em casos de descumprimento reiterado.

Fonte: Ascom/Coren-DF