O que procura?

Encontre serviços e informações

Enfermeiras do DF vítimas de violência recebem honraria máxima da profissão

Título póstumo chama atenção para a necessidade de combater a violência e o feminicídio

Lembrar para que não se repita, cobrar para que não fique impune! Sob esse lema, o 25º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF) concedeu às enfermeiras brasilienses Pollyana Pereira de Moura e Danielle Christine de Alencar o Prêmio Anna Nery, a maior honraria da profissão, em memória e homenagem a essas colegas, que foram vítimas da insanidade da violência.

Pollyana era enfermeira, ativista da luta contra a violência contra a mulher e membro da Liga Nacional de Enfermagem Forense (LINEF). Lamentavelmente, foi vítima de um feminício covarde e violento, cometido pelo próprio marido. Era mãe exemplar, profissional excelente, com um presente marcante e um futuro brilhante pela frente. Integrou a força-tarefa Brasil Conta Comigo, do Ministério da Saúde, que foi ajudar no combate à pandemia do novo coronavírus em Manaus, quando a população mais precisava.

Danielle viveu momentos de terror ao enfrentar uma tentativa de homicídio por parte de seu ex-marido. Separada há dois meses, ela havia ido à casa para pegar seus pertences, mas foi surpreendida pela presença do agressor. O ex-marido havia armado uma emboscada no apartamento, utilizando facas, fios e água fervendo para torturá-la. Mesmo amarrada e com dificuldades para respirar, Danielle conseguiu se dirigir ao banheiro, onde ela conseguiu se trancar e pedir socorro pela janela. Seu apelo foi ouvido por vizinhos, que acionaram a polícia.

“O caso dessas duas mulheres é mais uma triste constatação da violência que muitas enfermeiras enfrentam em seus relacionamentos. As agressões sofridas evidenciam a importância de ampliar a conscientização e os esforços para combater esse grave problema social, além de oferecer suporte e proteção às vítimas que enfrentam situações de violência doméstica. É fundamental que casos como esse não sejam esquecidos e que a luta pela erradicação da violência contra a mulher seja sempre uma prioridade na sociedade”, destaca o presidente do Coren-DF, Elissandro Noronha.