Agressões, ameaças e xingamentos se tornaram rotina na vida dos profissionais de saúde do Distrito Federal. O medo de quem salva vidas é constante, especialmente entre as mulheres, que são as principais vítimas.
Desta vez, Técnicas de Enfermagem e de Laboratório foram ameaçadas na UBS 15 de Ceilândia. O caso ocorreu na última terça-feira (5). Na ocorrência, as profissionais relatam que a paciente reclamou da demora no atendimento e pediu para ser atendida na frente dos outros pacientes. Entretanto, ela não cumpria os requisitos de prioridade.
Diante da negativa, a paciente se exaltou, arremessou um frasco de urina que portava para exames e ameaçou bater nas profissionais enquanto retirava uma faca da bolsa. O vigilante da instituição abordou a paciente e retirou a faca de sua mão. A polícia militar conduziu a agressora, que foi presa em flagrante por desacato, ameaça e porte de arma branca.
É mais um caso que vai para as estatísticas. De acordo com os dados da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), apenas no primeiro semestre de 2023 ocorreu um aumento de 13% nos casos de agressões a profissionais de saúde no DF.
Um levantamento realizado pelo Coren-DF, em julho de 2022, indica que 834 profissionais de enfermagem já foram agredidos no trabalho no DF: 690 sofreram ofensas verbais e 144 foram vítimas de agressão física, inclusive com escoriações graves, como cortes e fraturas.
É perceptível que os casos de violência aumentaram especialmente nas UPAs e nas UBSs. A situação revela a necessidade urgente de investimentos em segurança, monitoramento e medidas preventivas nessas unidades, para resguardar a integridade física das servidoras e servidores.