A Sessão Solene em homenagem aos enfermeiros forenses acabou se transformando em um protesto pelo fim da violência contra as mulheres na manhã desta última sexta-fera (1), na Câmara Legislativa. O evento aconteceu em celebração ao novo dia do Enfermeiro Forense, 30 de julho, sancionado pela Lei nº 7.301 de 24 de julho.
A data de 30 de julho foi escolhida em homenagem à Enfermeira forense Pollyana Moura, vítima de feminicídio em 2020. Uma mulher ativista que lutava pela Enfermagem, chegando a participar dos “Guerreiros da Saúde” que ajudaram a manter as vítimas de covid-19 em Manaus. Familiares e amigos buscaram homenageá-la usando camisetas com o rosto de Pollyana estampado.
Durante o evento, outros casos de violência contra a mulher e tentativas de feminicídio foram relatados, sendo ressaltada a dificuldade que as vítimas têm de denunciar os casos. “No DF, 87% da enfermagem é formada por mulheres e várias delas sofrem agressões no próprio local de trabalho. Por muitas vezes elas não denunciam com medo de perder o emprego. Uma colega recentemente levou uma denúncia de abuso sexual à direção de seu hospital, mas tentaram abafar o caso. A profissional não quis ir à polícia com medo de ser demitida, isso já aconteceu outras vezes”, relatou o presidente do Coren-DF, Elissandro Noronha.
Todos os participantes da mesa de abertura ressaltaram a importância da Enfermagem forense no combate à violência contra a mulher, visto que são eles que têm o primeiro contato com as vítimas de agressão, podendo coletar dados para ajudar com investigações futuras, buscando combater cada vez mais esse mal que vem se repetindo na nossa sociedade.