O técnico em enfermagem Fúlvio Fernando da Silva Lavareda, de 36 anos, foi agredido na madrugada deste domingo (15), no Hospital Regional de Planaltina (HRPL), enquanto tentava realizar a triagem de uma paciente que chegou à emergência da unidade. O acompanhante alegou que a mulher estava morrendo, impediu a triagem, ofendeu o servidor com com palavras homofóbicas, machucou o seu braço e desferiu um soco no profissional.
Fúlvio conta que colocou a paciente na maca para verificar os sinais vitais e que todos os índices estavam dentro de limites aceitáveis. Entretanto, o agressor descontrolado alegava que a mulher estava morrendo. Embora o profissional tentasse exaustivamente explicar que se tratava de um procedimento padrão e que a situação estava sob controle, ele se exautava ainda mais. Como estava fora de controle, Fulvio pediu que o acompanhante deixasse a sala de triagem. Primeiramente, ele se recusou a sair, mas depois deixou o local. Depois de um tempo, voltou e o agrediu com um soco e puxões no braço.
A ocorrência de lesão corporal e injúria foi registrada na 16ª Delegacia de Polícia de Planaltina. O técnico em Enfermagem passou por exame de corpo de delito. Ele teve contusão e luxação no braço esquerdo.
Casos de violência contra profissionais de Enfermagem em unidades públicas de saúde têm se repetido no DF. “Falta segurança e sistemas de monitoramento. Os profissionais estão expostos e os agressores estão à vontade. O governo precisa apresentar um plano de segurança urgentemente, pois como estamos não podemos continuar. Todos os meses, estamos registrando casos de agressões físicas contra colegas de profissão. Isso é um absurdo, é inaceitável, não pode continuar acontecendo”, afirma o presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF), Elissandro Noronha.
No dia 6 de maio, um paciente agrediu fisicamente uma técnica em enfermagem e dois agentes comunitários de saúde na UBS 01 de São Sebastião, pois não quis esperar o atendimento. Saiu tranquilamente do local, como se nada tivesse acontecido.
No dia 21 de março, a enfermeira Maria do Livramento, da UBS 5 de Taguatinga, foi covardemente agredida por um homem que entrou na unidade e exigiu que ela desse a ele a receita de um psicotrópico. Após informá-lo que para obter a receita ele deveria passar por uma consulta médica, o sujeito se revoltou. “Ele bateu as duas mãos na mesa e disse: ‘Você sabe o que acontece com uma pessoa que está com abstinência?’ Eu perguntei: Você vai me bater? Ele então disse: ‘Não seja por isso, vou chamar minha mulher lá fora e ela vai te quebrar todinha'”, conta a enfermeira.
A mulher chegou, tirou a sandália e começou a agredi-la. “Ela deu um tapa tão grande na minha cara, que sangrou meu nariz e meu óculos voou longe”, conta a enfermeira. A profissional ficou ainda com arranhões na região das mãos. Ela foi encaminhada para o Instituto de Medicina Legal (IML) para exame de corpo de delito. Para piorar a situação, o homem se identificou como advogado e tentou intimidá-la, dizendo que “sabia dos direitos dele”. No entanto, o nome dele não aparece no cadastro de advogados da OAB. O caso é investigado pela 12ª Delegacia de Polícia.
No dia 4 de janeiro, a enfermeira Ana Caroline levou um soco da acompanhante de uma paciente, enquanto atuava na classificação de risco da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Recanto das Emas. A usuária ficou irritada com a falta de um médico para lhe atender. “A paciente idosa entrou na sala acompanhada da filha. Perguntei o que a paciente estava sentindo, relatei no prontuário e verifiquei os sinais vitais, que se mostravam estáveis. A c…