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Em audiência com representantes da Enfermagem, professor Israel reafirma compromisso com a categoria

Professor Israel recebe representantes da Enfermagem

Sempre atuante nas causas da saúde pública, o deputado federal professor Israel recebeu representantes do Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF), do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), do Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro) e do Sindicato dos Técnicos e Auxiliares em Enfermgem do Distrito Federal (Sindate), para reafirmar seu apoio ao PL2564 e pedir mais informações sobre a situação da categoria.

“O parlamentar tem se destacado nas articulações pela aprovação do piso nacional da Enfermagem e se mostra bastante aberto às causas da Enfermagem e da saúde pública. Estamos levantando informações e dando a ele os subsídios necessários para o andamento das discussões na Câmara”, revela o diretor-secretário do Coren-DF, Alberto Cesar. “Desde sempre, professor Israel se mostrou um político sensível à realidade da nossa profissão. Ele sabe que a nossa causa é justa e está nos ajudando a avançar”, completa o diretor-tesoureiro do Cofen, Gilney Guerra.

O diretor-secretário do Coren-DF Alberto César, o deputado federal Professor Israel e o diretor-tesoureiro do Cofen-DF, Gilney Guerra


Dados alarmantes

O Brasil registrou o pior índice de mortes entre profissionais de Enfermagem no mundo durante a pandemia. Segundo o Conselho Internacional de Enfermagem (ICN), a cada 3 profissionais de Enfermagem que morreram de Covid-19 no mundo, um foi no Brasil;

De acordo com a pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil: 1,8% da categoria recebe menos de um salário mínimo por mês; 14,4% ganha um salário mínimo por mês; 45% ganha, no máximo, R$ 2.000 por mês. No setor privado, 23,1% recebe salário mínimo e 31,9% ganha menos de R$ 2.000 mensais. Por causa de salários miseráveis, 27% da categoria trabalha em mais de um emprego para complementar renda.

Para 66% dos profissionais de Enfermagem, o exercício da profissão desgastante: 24,7% trabalha entre 41 e 60 horas semanais; 13,9% trabalha entre 61 e 80 horas por semana. Cerca de 200 mil profissionais de Enfermagem declaram a necessidade de fazer plantões ou atividades extras, inclusive fora da área da saúde, para complementar a renda familiar.

De acordo com pesquisa Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde na pandemia da Covid-19, realizada pela Fiocruz com o apoio dos Conselhos de Enfermagem, a pandemia alterou de modo significativo a vida de 95% dos nossos colegas: 15,8% dos profissionais sofrem com perturbação do sono; 13,6% relatam irritabilidade e choro frequente; 11,7% se diz incapaz de relaxar e com sensação de estresse; 9,2% está com dificuldade de concentração ou pensamento lento; 9,1% tem perda de satisfação na carreira ou na vida; 8,3% está com sensação negativa do futuro e pensamento negativo ou suicida.

Apenas 29% dos profissionais de Enfermagem se sentem seguros no ambiente de trabalho e 53% declaram que se sentem maltratados. Um a cada cinco profissionais de Enfermagem já sofreu agressões físicas, verbais ou psicológicas por parte da população que atende.

Por outro lado, tem gente lucrando alto
Segundo o levantamento da Revista Forbes em 2021, entre os 315 bilionários brasileiros, nove operam no ramo da saúde e oito ficaram muito mais ricos ainda, desde o início da pandemia.

O patrimônio de Jorge Moll Filho, fundador da Rede D’Or, saltou de US$ 2 bilhões, em 2020, para US$ 11,3 bilhões, em 2021. Já Dulce Pugliese de Godoy, fundadora da operadora de planos de saúde Amil, viu sua fortuna saltar de 3,5 bilhões, em 2020, para US$ 6 bilhões, em 2021.

De acordo com dados da ANS, a receita dos planos de saúde aumentou 4,7% em 2020, alcançando o patamar de R$ 217 bilhões. O lucro das operadoras cresceu 49,5% em relação a 2019, chegando a R$ 17,5 bilhões. No primeiro trimestre de 2021, o lucro registrado pelos planos de saúde já foi 22% superior ao registrado em 2020.

“É essa gente que alega não poder pagar o nosso piso salarial. Deveriam ser os primeiros a nos defender, pois lucram alto com o nosso trabalho. Mas, não, agem de forma mesquinha, aumentando as desigualdades e o subdesenvolvimento do nosso país”, reclama o presidente do Coren-DF, Elissandro Noronha.