Uma técnica em Enfermagem prestava cuidados em domicílio a uma servidora federal aposentada, de 74 anos, em Brasília. Após conquistar a confiança da paciente, a profissional se apropriou do cartão de crédito da vítima e passou a fazer compras, como se fosse filha da idosa. Ela adquiriu móveis, bolsas, relógios e celulares, até que a farsa foi descoberta pela polícia. Segundo estimativas, o golpe atingiu a cifra de R$ 376 mil.
Configurado o crime de estelionato, o Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) recomendou a cassação do registro profissional da acusada, com base no Código de Ética. O plenário do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) acatou a recomendação e cassou o direito de exercício profissional por 10 anos.
Este caso é apenas um entre dezenas de processos éticos analisados pelo Coren-DF, entre janeiro de 2018 e setembro de 2020. Nesses julgados, 18 profissionais foram advertidos, 13 absolvidos, 7 multados e 2 sofreram recomendação de cassação. Também foram homologados 8 processos de conciliação.
De acordo com o presidente do Coren-DF, Dr. Marcos Wesley, essa é a função essencial de um conselho profissional. “Nossa missão é manter o controle ético da profissão, para proteger a população dos maus profissionais. Orientamos, normatizamos e fiscalizamos o exercício da Enfermagem, com aplicação de penalidades cabíveis, sempre que é necessário. Assim, conseguimos manter o confiança da sociedade em nossa categoria”, afirma.
A justiça comum condenou a profissional cassada a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão.