Em maio, 57 dos 249 profissionais que atuavam na UPA Samambaia foram infectados pelo novo coronavírus. O episódio chocou a população e serviu como sinal de alerta para os servidores que estão na linha de frente. Na quinta-feira (20), nossa equipe de fiscalização voltou à unidade mais uma vez, para verificar como está a situação agora, três meses depois do surto.
Muita coisa mudou, mas alguns problemas ainda persistem e preocupam. Segundo dados preliminares da fiscalização, o fluxo de atendimento está melhor organizado, o serviço de triagem é mais eficaz, os ambientes estão sendo desinfectados regularmente e está sendo feita a testagem de servidores sintomáticos e assintomáticos. Segundo a direção do serviço, já foram aplicados 728 testes entre os servidores.
Por outro lado, o fluxo de pacientes é grande, a taxa de ocupação de leitos é alta e há indícios de que o dimensionamento de profissionais é baixo, problema que atinge grande parte das instituições de saúde no DF e afeta diretamente a qualidade do atendimento aos pacientes. A Gerência de Enfermagem da unidade tem 15 dias para enviar o cálculo oficial, que será verificado pela fiscalização.
Durante a visita, a fiscalização conversou em reservado com profissionais de Enfermagem que atuam em diferentes setores da unidade. Nessas diligências, não foi reportada nenhuma denúncia específica. O resultado da fiscalização vai ser homologado em relatório para que surta os efeitos legais.