A Agência Nacional de Saúde (ANS) apresentou, na última quarta-feira (19), a segunda fase do Projeto Parto Adequado (PPA) ao plenário e Comissão de Saúde da Mulher do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). O plenário declarou apoio à iniciativa, que busca qualificar a assistência materno-infantil, com base em evidências científicas, reduzindo o número de cesarianas desnecessárias.
A especialista em Regulação de Saúde Suplementar da ANS Jacqueline Torres apresentou a segunda fase do projeto. Nesta etapa, participam hospitais e operadoras de todo o País, que manifestaram interesse em atuar como apoiadoras do projeto. Na fase “piloto”, o projeto contou com a adesão de 35 hospitais.
Desenvolvido por meio de acordo de cooperação técnica entre a ANS , o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e o Institute for Healthcare Improvement (IHI), com apoio do Ministério da Saúde, o PPA é uma proposta de melhoria da qualidade, que tem o objetivo de identificar modelos inovadores e viáveis de atenção ao parto e nascimento, que valorizem o parto normal e reduzam o percentual de cesarianas sem indicação clínica na Saúde suplementar.
Essa iniciativa visa, ainda, oferecer às mulheres e aos bebês o cuidado certo, na hora certa, ao longo da gestação, durante todo o trabalho de parto e pós-parto, considerando a estrutura e o preparo da equipe multiprofissional, baseada em evidência e as condições socioculturais e afetivas da gestante e da família.
“Esse projeto representa uma mudança em todo o perfil do atendimento, e das mulheres, que passarão a entender que elas precisam ter autonomia e participação ativa na decisão do parto. O Cofen apoia plenamente essa iniciativa”, afirmou a vice-presidente do Cofen, Nádia Ramalho.
Atualmente, cerca de 120 hospitais colaboram com o projeto, que já evitou a realização de 10 mil cesarianas sem indicação clínica. Na unidades participantes, o número de partos vaginais subiu de 42,5% para 46%. A meta é alcançar todas as maternidades do país.
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