O Distrito Federal não atingiu a meta de 95% de imunização contra poliomielite e sarampo em crianças com idades entre 1 ano e menores de 5 anos. O objetivo era vacinar 152.277 crianças durante a Campanha Nacional de Vacinação. A cobertura na capital chegou a 54% do público-alvo, até o último dia 24 — é o terceiro pior índice do Brasil. A mobilização nacional termina amanhã. O Ministério da Saúde orienta que todas as unidades da Federação que não atingiram a meta de imunização abram os postos neste sábado também.
A Secretaria de Saúde do DF ainda avalia a possibilidade de abrir os postos no sábado. Mas é provável que o número de unidades em funcionamento e o horário sejam limitados. Somente amanhã, a secretaria vai se posicionar sobre o tema em uma entrevista coletiva.
Até o momento, foram aplicadas 85.969 doses da vacina contra sarampo e 86.505 doses de vacina contra pólio no DF, em 126 postos de vacinação localizados em todas as cidades. Devem ser vacinadas meninas e meninos com idades de 1 ano a 4 anos 11 meses e 29 dias. A Secretaria de Saúde esclarece que não há estoque de vacinas na cidade.
Longe da meta
Preocupada para não chegar atrasada ao trabalho, na Feira dos Importados, a vendedora Érica Dantas disse que ficou quase uma hora na fila, em um posto do Cruzeiro Novo, para vacinar o filho, Henrique, de 3 anos. Mesmo assim, ela preferiu esperar porque não queria perder a oportunidade de vacinar a criança durante a campanha nacional. “Tive que esperar quase uma hora por causa da fila, mas o atendimento foi tranquilo. Meu menino foi vacinado contra sarampo e pólio”, disse, satisfeita.
No Centro de Saúde nº 9, no Cruzeiro Novo, a fila para a vacinação tinha cerca de 25 pessoas, por volta das 11h30 de ontem. “A fila estava grande por causa da campanha. Tinha muita gente, mas até que foi rápido”, resumiu Samuel Mundim, morador da Octogonal, que levou o filho João, de 3 anos para tomar a vacina tríplice viral no posto.
Moradora do Sudoeste, Joana Vieira Gondim Abraces disse que o cartão de vacinação da filha Júlia, de 2 anos, estava em dia, mas ela tinha ouvido dizer que as crianças precisam ser imunizadas (reforço) durante as campanhas nacionais. Na dúvida, ela preferiu levar a menina da escolinha diretamente para o posto de saúde. “Vim ver se ela realmente precisa se vacinar. Eu não trouxe a Júlia antes porque ela estava tossindo um pouco”, explicou a mãe.