A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com três hospitais, desenvolveu o aplicativo Checklist Cirurgia Segura OMS, com a versão original e adaptada das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). O app está disponível para download gratuito em tablets e smatphones com sistema operacional Android ou iOS.
“O aplicativo do checklist de cirurgia segura provê um instrutivo para a aplicação adequada, com completude e fidedignidade. São disponibilizadas duas versões do checklist: a versão original da OMS; e uma outra versão, com pequenas alterações em relação à primeira, utilizada no projeto de pesquisa ‘Desenvolvimento e avaliação de uma estratégia para a implementação do checklist de cirurgia segura da OMS’, que estamos conduzindo”, explica a pesquisadora Margareth Portela, coordenadora do projeto e coordenadora geral do Proqualis da Fiocruz.
Entre as seis metas internacionais de segurança do paciente, a cirurgia segura é uma delas. “Uma iniciativa como essa da Fundação Oswaldo Cruz colabora para que os hospitais de todo o Brasil possam implementar as normas de cirurgia segura da OMS, promovendo mais segurança ao paciente a quem passa por um procedimento cirúrgico. É a tecnologia agindo a favor da saúde”, comenta José Branco, diretor-executivo do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP).
Para Renata Barco, gerente do bloco operatório e centro de endoscopia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, é importante que haja a garantia de realização de um checklist que possa ser aplicado nos três momentos principais. “Antes da indução anestésica; imediatamente antes da incisão cirúrgica; e antes do paciente sair de sala operatória, pois, certamente, os cinco certos serão contemplados, além dos outros processos de segurança cirúrgica”, explica.
“Como não há somente uma única solução que promoverá a melhoria da segurança cirúrgica, destacamos como fundamental o engajamento nessa causa não apenas do cirurgião, mas de toda a equipe de profissionais, para que trabalhando juntos aumentem os padrões de qualidade da assistência cirúrgica prestada”, pontua Marta Passo, médica e educadora para a Melhoria da Qualidade e Segurança do Paciente do Consórcio Brasileiro de Acreditação, associado da Joint Commission International (JCI) no Brasil.