O que procura?

Encontre serviços e informações

SVS divulga nota técnica sobre vírus ebola

A Subsecretaria de Vigilância à Saúde do Distrito Federal (SVS-DF) divulgou, nesta quarta-feira, 29 de outubro, nota técnica sobre o vírus ebola. A pasta está capacitando e orientando servidores sobre a doença. A Secretaria de Saúde informou também que vai adquirir 2,3 mil kits de proteção aos profissionais de saúde para atender pacientes infectados no Distrito Federal.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo vive atualmente a pior epidemia de ebola: são mais de 13 mil pessoas infectadas e quase 5 mil mortas. A maior parte dos pacientes está em Serra Leoa, Guiné e Libéria, países da África Ocidental.

Até o momento, o Brasil não registrou casos confirmados da doença. O risco de propagação do ebola no país é considerado baixo, de acordo com o Ministério da Saúde. No site do órgão, há uma página específica sobre o assunto para consulta dos profissionais de saúde e população em geral.

Na última quinta-feira, 23 de outubro, um comissário de bordo panamenho deu entrada em um hospital particular da Asa Sul com febre e náuseas. A unidade de saúde chegou a ser isolada, mas a Secretaria de Saúde descartou o caso porque exames comprovaram que ele tinha uma infecção intestinal e não esteve nos países com surto de ebola.


Saiba mais sobre a doença

O ebola é uma doença grave, muitas vezes fatal, com uma taxa de letalidade que pode chegar até 90% dos casos. Foi identificado pela primeira vez em 1976, em dois surtos simultâneos: um em uma aldeia perto do rio Ebola, na República Democrática do Congo, e outro em uma área remota do Sudão. A origem do vírus é desconhecida, mas os morcegos frugívoros (Pteropodidae) são considerados os prováveis hospedeiros.

O ebola é introduzido na população humana por meio de contato direto com o sangue, secreções, órgãos ou outros fluidos corporais de animais infectados. Na África, os surtos provavelmente originam-se quando pessoas têm contato ou manuseiam a carne crua de chimpanzés, gorilas infectados, morcegos, macacos, antílopes florestais e porcos-espinhos encontrados doentes ou mortos ou na floresta.

Os sinais e sintomas são: febre, cefaléia, mialgia ,fadiga extrema, anorexia, dor nas articulações e calafrios, que aparecem de forma abrupta depois de cinco a dez dias do início da infecção. Com o agravamento do quadro, manifestam-se outros sintomas como náuseas, vômitos e diarréia (com sangue), garganta inflamada, erupção cutânea, olhos vermelhos, tosse, dor torácica e abdominal, insuficiência renal e hepática. No estágio final da doença, o paciente apresenta hemorragia interna; sangramento pelos olhos, ouvidos, nariz e reto; danos cerebrais e perda de consciência.


Diagnóstico difícil

De acordo com a nota técnica divulgada pela SVS, uma das dificuldades para estabelecer o diagnóstico precoce da doença provocada pelo vírus Ebola é que, no início, os sintomas podem ser confundidos com os de enfermidades como gripe, dengue hemorrágica, febre tifóide e malária. O levantamento da história do paciente, se esteve exposto a situações de risco e o resultado de testes sorológicos (Elisa IgM, PCR) e o isolamento viral são fundamentais para determinar a causa e o agente da infecção. A pessoa com suspeita de ebola deve ser mantida em isolamento e os serviços de saúde obrigatoriamente notificados.

Não existe tratamento específico para combater o vírus, que infecta adultos e crianças sem distinção. Não há também uma vacina contra a doença, mas já foi testada uma fórmula em macacos, morcegos e porcos-espinhos que mostrou resultados positivos nesses animais. 

O único recurso terapêutico contra a infecção causada pelo Ebola é oferecer medidas de suporte, como reposição de fluidos e eletrólitos, hidratação, controle da pressão arterial e dos níveis de oxigenação do sangue, além do tratamento das complicações infecciosas que possam surgir.


Centros de referência

No Brasil, existem dois centros de referência preparados para tratar pacientes infectados pelo vírus ebola: o Fiocruz, no Rio de Janeiro, e o Hospital Emílio Ribas, em São Paulo. No Distrito Federal, o hospital de referência é o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN).

Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) do Distrito Federal: 0800-6427089 ou 3901-7642 ou 9822-2447 (Vivo)

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu): 192


Clique aqui e leia a nota técnica da Subsecretaria de Vigilância à Saúde