O presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF), Wellington Antônio da Silva, apoiou hoje, 16 de outubro, a mobilização dos profissionais de enfermagem contra a diferenciação dos planos de cargos, carreiras e salários de categorias da saúde. Reunidos pela manhã na Câmara Legislativa, o Coren-DF, o Sindicato dos Enfermeiros (SEDF) e a Associação Brasileira de Enfermagem Subseção Distrito Federal (Aben-DF) convocaram os profissionais a comparecer à audiência pública no próximo dia 21 de outubro, no auditório daquela Casa.
Presente à mobilização, o presidente do Coren-DF defendeu a isonomia salarial com dentistas e médicos. “O Conselho sai da função de fiscalização e cobrança para apoiar o movimento dos profissionais de enfermagem”, destacou. Wellington Silva cobrou o apoio dos deputados distritais, para que eles intercedam junto ao Executivo pela isonomia. Com a sanção da Lei 5.110/2013 pelo governador Agenlo Queiroz, houve apenas a reestruturação da tabela dos vencimentos e a incorporação da Gratificação de Atividade de Enfermagem (GAE), um valor que varia de 5% a 9%. Já os médicos terão reajuste de 80%.
“Os médicos chegarão ao topo da carreira em 18 anos. Os enfermeiros precisarão trabalhar ainda mais sete anos”, criticou a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do DF, Fátima Lemes. A representante sindical destacou a importância do comparecimento em massa dos profissionais à audiência pública na próxima segunda-feira. Para ela, a população tem a enfermagem como grande pilar da saúde. “A gente precisa de uma resposta”, salientou.
Presença de distritais
“O que o médico faz sem enfermeiro? Nada!”, discursou o deputado distrital Dr Michel (sem partido), para quem a Saúde não se faz só com médicos. Já a distrital Liliane Roriz (PRTB) considerou injusta a diferenciação entre as categorias de saúde e também pediu isonomia, ressaltando que “a enfermagem carrega a Saúde nas costas”.
Liliane criticou o argumento do GDF de que não haveria orçamento para o reajuste da enfermagem. “O DF tem R$ 32 bilhões de Orçamento, sendo R$ 6 bilhões para a saúde”, rebateu. O gerente de enfermagem da Secretaria de Saúde, Márcio da Mata e os deputados distritais Israel Batista (PV) e Chico Leite (PT) também estiveram presentes.