Na última segunda-feira, dia 19, a primeira parte da sessão plenária do Senado Federal comemorou o aniversário de 21 anos do Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa partiu do senador Paulo Davim (PV-RN), por meio do requerimento nº 782 de 2011.
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O Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) representou a Enfermagem do DF na pessoa da Dra. Marilene Teixeira, Assessora Especial da Presidência do Regional, também representando a presidente do Conselho, Dra. Eloiza Sales Correia. Participou ainda da solenidade a conselheira, Sra. Deusenice Bontempo. Além da enfermagem, o Plenário contou com a presença de profissionais de outras áreas da saúde, entre elas, odontologia, fonoaudiologia, medicina e fisioterapia.
Segundo o senador Paulo Davim, há margem para melhorar o funcionamento do SUS, com garantia da otimização dos recursos, e que certamente o governo federal, estados e municípios, em conjunto e colaborativamente, sob a fiscalização da sociedade, haverão de trabalhar com seriedade para aperfeiçoar o SUS, racionalizando o seu funcionamento e reduzindo suas despesas.
Números do SUS – Apesar dos problemas, o SUS, criado pela Lei 8.080/90, é um serviço notável de atenção à saúde, sendo seu objetivo constitucional a garantia do atendimento à saúde para todos os brasileiros.
A integralidade da população brasileira (190 milhões de pessoas) é beneficiada gratuitamente pelo SUS, que produz anualmente 7,8 bilhões de unidades de 400 tipos diferentes de medicamentos, dos quais 163 milhões são de medicamentos antirretrovirais, usados no tratamento da Aids, doença cujo programa brasileiro de prevenção e tratamento tem reconhecimento internacional.
Dois milhões de partos são realizados por ano pelo SUS, e mais de 105 milhões de pessoas são atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), criado em 2003. O SUS conta com 40 mil equipes do Programa Saúde da Família, 240 mil agentes comunitários de saúde e 22 mil equipes de saúde bucal. O sistema conta ainda com 25 centrais estaduais de transplantes organizadas, o que já permitiu a realização de 24.600 transplantes só em 2011.
Pontos fracos – De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), em novembro de 2010, os principais problemas apontados pela pesquisa foram a falta de médicos, citada por 57,9% dos entrevistados, e a demora para o atendimento nos postos, centros de saúde e hospitais, citada por 35,9% dos que responderam à pesquisa. Para 34,9% dos entrevistados, a demora na consulta a especialistas é o principal defeito do SUS.
*Texto: Cíntia Rebelo, com informações da Agência Senado