Com a divulgação oficial do Censo 2010, realizada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e de posse da inquietude e curiosidade peculiar ao profissional enfermeiro, Sérgio Luz, Gestor do Portal da Enfermagem, resolveu estabelecer o coeficiente do número de profissionais de Enfermagem em relação ao número de habitantes da unidade federativa.
“Ao concluir a elaboração de mais uma palestra, desta vez para o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), que foi apresentada no 13º CBCENF – Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem, realizado no mês de setembro de 2010, em Natal, RN, reuni dados estatísticos referentes ao número de profissionais e respectivas categorias dos 27 Conselhos Regionais”, explica Luz.
Os dados foram trabalhados com base na relação número de profissionais de enfermagem por 1000 habitantes e apresentados em forma de tabelas especificando as cinco regiões e os estados brasileiros.
De acordo com o Censo 2010, o Brasil possui 190.732.694 habitantes, demonstrando que em uma década a população cresceu 12,3%. Nesta mesma crescente está a área da Enfermagem, que hoje contabiliza 1.480.653 profissionais.
Em março de 2005, a OPAS (Organização Panamericana de Saúde) divulgou o estudo “Brasil: O perfil do sistema de serviços de saúde”, onde constatou que, em 2001, o Brasil possuía 3,41 profissionais de enfermagem por 1000 habitantes, verifica-se que em nove anos houve um aumento no coeficiente de 127 %, ou seja, 7,76.
“Apesar do aumento, ainda estamos abaixo da expectativa da OMS (Organização Mundial da Saúde)”, esclarece o gestor, que cita o exemplo do preconizado pela instituição em relação ao número de enfermeiros por 1000 habitantes, que é de 2,0 e os dados abaixo mostram o coeficiente de 1,43.
A região Sudeste continua sendo a mais populosa, totalizando mais de 80 milhões de cidadãos, e é também nesta região brasileira que se encontra o maior contingente de profissionais da enfermagem – 758.519, ou seja, 52,3 % da força de trabalho do território nacional.
É importante ressaltar que o fato de a região ou estado apresentarem um baixo coeficiente na relação número de profissionais por número de habitantes, não suscita que haja mercado de trabalho na localidade. Para isso é fundamental estudos aprofundados que possam relacionar esses dados com outros indicadores, tais como: programas de saúde, número de universidades, leitos, instituições hospitalares públicas e privadas, dentre outros. Os números relativos aos profissionais atestam sua filiação, porém não garantem que os mesmo estejam inseridos no mercado de trabalho.
“Espero que as informações possam contribuir com os colegas pesquisadores na elaboração de estudos que permitam o contínuo crescimento de nossa profissão”, enfatiza Luz.
Confira aqui os resultados da pesquisa
Fonte: Portal da Enfermagem