O que procura?

Encontre serviços e informações

Novas medidas vão reforçar a prevenção de infecções por microrganismos multirresistentes

A Anvisa reuniu, nesta sexta-feira (22/10), em Brasília (DF), infectologistas, microbiologistas e especialistas em infecção hospitalar para discutir recomendações e medidas de prevenção das infecções hospitalares provocadas por microrganismos resistentes a antibióticos. O resultado das discussões vai integrar uma nota técnica dirigida a hospitais, secretarias de saúde e comissões de controle de infecção hospitalar e será publicada nesta segunda-feira (25/10).

Na mesma data, os diretores da Agência aprovaram a obrigatoriedade de que os serviços de saúde brasileiros disponibilizem solução alcóolica para a higienização das mãos dos profissionais de saúde em todos os pontos de atendimento aos pacientes. Os estabelecimentos deverão cumprir a norma a partir de 60 dias, contados da publicação da resolução no Diário Oficial da União.

Já as farmácias e drogarias brasileiras vão passar a reter a receita médica durante a venda dos antibióticos. Esses estabelecimentos terão 30 dias para se adequar à norma a partir da publicação da medida. As duas resoluções devem ser publicadas no Diário Oficial da União na próxima semana.

Os recentes casos de infecção hospitalar registrados no Brasil trouxeram à tona um problema de amplitude mundial: a resistência natural que microrganismos, como bactérias, vírus e fungos, adquirem ao longo do tempo e que pode ser acelerada por ações humanas, como o uso irracional de antibióticos.

O que deve constar da nota técnica a ser publicada

Fortalecer a politica de uso racional de antimicrobianos, reforçar as medidas de higiene do ambiente hospitalar e a higienização das mãos dos profissionais de saúde, dos visitantes e dos acompanhantes nos hospitais, além de implementar medidas de precaução de contato são algumas das recomendações feitas pelos especialistas durante o encontro e que devem constar da nota técnica.

O documento não recomendará a interrupção do funcionamento dos serviços de saúde. A possibilidade de interrupção deve ser criteriosamente avaliada por todos os níveis de gestão, consultando as diretrizes da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). O uso de quaisquer mecanismos que discriminem os pacientes portadores de microrganismos multiresistentes também deverá ser evitado pelos hospitais.

A nota deve apontar, ainda, os testes e processamentos para detecção de enterobactérias produtoras de enzima KPC e reforçar a necessidade de comunicação mais eficiente entre hospitais e coordenações municipais e estaduais de controle de infecção hospitalar.

Fonte: Anvisa